Esta página foi criada para a divulgação de textos relacionados a uso da Tecnologia na escola. Os títulos em vermelho são de minha autoria e os em azul são de outros autores.
Tutora: Valéria Cristina do
Carmo Soares
Cursistas:
Elanildo Araújo Bilhar, Maria Francisca Lima da Silva e Rosângela Ribeiro Aviz
Atividade 4.4- Planejando a Produção de um Documento
Multimídia
O
roteiro abaixo mostra as estratégias tomadas para a produção do documento
multimídia sobre o Projeto “Valores” executado no Colégio Estadual de Ensino
Médio Presidente Fernando Henrique por uma turma de 1º ano do turno da manhã, a
turma M1MR01.
1ª
etapa – Seleção do material a ser trabalhado e escolha do programa:
movie maker e power director
·
Os registros feitos do projeto foram imagens
e vídeo com áudio. Nessa etapa, os slides são transformados em imagens para que
possam ser trabalhados no programa movie maker e o vídeo sofre alguns cortes no
programa Power director.
2ª
etapa – Seleção da música de fundo
3ª
etapa – Produção de filme com as imagens no programa Movie Maker.
4ª
etapa – Produção do documento multimídia através da junção do
Vídeo criado no Movie
Maker e o vídeo com áudio feito de parte da execução do
projeto via rádio.
A apresentação das imagens está intercalada ao vídeo com
áudio e está dividida nos seguintes momentos:
1º
momento – título
2º
momento - apresentação da Proposta do Projeto aos alunos com
utilização de slides contendo imagens, charges, etc.
3º
momento - momento em que os alunos vão para o Laboratório de
Informática para a realização de pesquisas bem como para preparação das
atividades.
4º
momento: vídeo – execução do projeto via rádio da escola.
Um grupo de alunos fala sobre o tema “Valores” através da rádio do Colégio.
5º
momento – os alunos saem da sua sala para falar sobre o tema
para outras turmas, para isso usam como apoio apresentações feitas em power
point.
6º
momento - Créditos
PRÁTICA PEDAGÓGICA E MÍDIAS DIGITAIS
Cursista: Rosangela Ribeiro de Aviz do Nascimento
Produção de Relato de Experiência
A
introdução das mídias na Educação
A
explosão do uso de mídias no cotidiano da sociedade atual é um fato que não passa
despercebida. A comunicação, em sua maior parte, se faz por meio de diferentes
mídias. E quanto mais jovem é o falante , maior é o leque de instrumentos que
ele domina e que utiliza para realizar suas intenções comunicativas e tarefas
cotidianas.
A
comunicação social na atualidade requer o domínio das diversas mídias
existentes a tal modo que as reflexões apontam para o fato de que a cidadania
do século XXI passa pela alfabetização nas mídias, sob pena de exclusão e de
negação de direitos e igualdade de condições, isto é, uma questão de justiça
social.
Diante
disso, à escola, como espaço em que o direito e a cidadania são vivenciados e praticados,
não cabe mais resistir à introdução das mídias como instrumentos de alcance dos
objetivos educativos e sociais dos sujeitos que fazem parte de seu cotidiano.
Afinal, o professor, o aluno, o agente administrativo, o agente de apoio são
cidadãos dessa nova sociedade que se comunica através de mídias e as usa para
diferentes tarefas e funções. São por elas influenciados em seu comportamento,
na formação de grupos sociais e de interesse.
É
preciso salientar que as mídias e a integração das TICs na educação deve se dá
em duas dimensões: como ferramenta pedagógica e como objeto de estudo, visto
que se trata de uma questão complexa e que propõe a quebra de paradigmas que
deram base a prática pedagógica durante muito tempo. Acredito que sua
introdução deve ser orientada no sentido de respeitar a diversidade de opiniões
e experiências dos educadores. Não deve ser imposta ou forçada. Mas deve ser
feita pela reflexão e convencimento de que a necessidade é real e que é preciso
“falar a mesma linguagem” para obter sucesso no processo comunicativo: uma
questão tão básica que chega a ser óbvia.
Percebo
que estamos avançando, não com a velocidade que deveríamos, mas já percebemos
que a alfabetização de professores no uso das TICs na educação tem sido bem
maior nestes últimos anos. Tive a experiência de vivenciar a introdução da TV e
do Vídeo cassete, fitas VHS, antena parabólica na escola. Lembro-me que uma
determinada professora chegou muito irritada na sala da Direção dizendo que o
aparelho de vídeo cassete não prestava e que era só desperdício de dinheiro
público. Chegava quebrado na escola e queriam que “a gente usasse”, segundo ela,
muito alterada. Fomos verificar o que havia acontecido e chegamos à constatação
de que a professora queria ver a imagem na tela do Vídeo Cassete, isto é, não
havia conectado-o à TV. Naquela época, não éramos só incentivados a usar a tecnologia
(especialmente os programas da TV ESCOLA) mas cobrados a fazê-lo, sob ameaças
de sermos causadoras de denúncias contra a escola. Muitos alunos foram
iniciados no uso de mídias na escola para “tapar” falta de professor. E dessa
maneira, passou-se a ideia de que o uso de mídias seria uma atividade descomprometida
com o ensino e aprendizagem dos alunos, isto é, não era aula: era castigo
porque os alunos poderiam ficar correndo pelos corredores ou brigando durante a
ausência de professor.
Atualmente
percebemos uma mudança conceitual importante do uso das TICs na escola, embora
não seja ainda o desejado, temos presenciado o maior interesse por parte dos
educadores em usar as mídias como ferramenta pedagógica. São poucos os
professores que ainda resistem. É preciso considerar que esses educadores são
frutos de um outro momento cultural e social. Por isso é compreensível, em
alguns casos, a resistência. Como colega
de profissão e gestora, procuro respeitar e contribuir para que o professor não
se sinta excluído ou ultrapassado.
A
escola em que trabalho atualmente, está cada vez mais aderindo a essa nova
linguagem. Os professores fazem uso de mídias convencionais (se é que podemos
assim dizer) e outras mais recentes como data show, softwares educativos, animações,
simulações, diários digitais, produção de filmes pelos alunos, etc.
Recentemente criamos o facebook do
colégio, reestruturamos o blog da escola, oferecendo links atrativos para
alunos, funcionários e professores. Alguns
professores usam o blog da escola para postar suas produções ou tarefas aos
seus alunos.
Percebo
que alguns avanços importantes são identificados quanto à introdução das mídias
na escola, porém observa-se que não existe a prática de reflexão sobre esses
usos. A escola não tem uma proposta definida sobre esta questão. São constantes
os problemas por uso “indevido” de tecnologia na escola pelos alunos. Como
fazer para se apropriar dessas ferramentas tão atraentes aos alunos, para usá-las
à serviço do processo ensino-aprendizagem? Além disso, os educadores carecem de
formação adequada, inclusive para o uso dessas mídias de forma que favoreça a
criatividade a capacidade de crítica argumentativa.
É
preciso ultrapassar o simples uso para chegar a um uso reflexivo e também
criativo das mídias na educação. Isso só pode ser alcançado com a reflexão
sobre a prática e a formação adequada.
O desafio em converter informação em conhecimento
A escola de
hoje vê-se mais uma vez diante de um grande desafio: como converter informação
em conhecimento numa sociedade voltada para um mundo globalizado cujo
conhecimento muda em ritmo alucinante dando-nos a nítida impressão de que as
coisas saíram do controle?
Do ponto de
vista da aprendizagem, segundo Pozo(2004), a sociedade moderna ver-se diante de
um cenário perturbador: aprender constitui-se em uma necessidade, porém cada
vez mais se fracassa na tentativa de aprender. O fracasso escolar advém
justamente deste dado – as pessoas têm cada vez mais dificuldade de aprender o
que a sociedade necessita que elas aprendam.
Não é difícil
ouvirmos comentários, tanto de professores como de pais de que os alunos sabem
cada vez menos e, às vezes, como educadores, nos questionamos sobre o porquê de
tudo isso já que hoje o acesso à informação é cada vez mais fácil e acessível.
O suporte e a logística para a educação, bem como a qualificação dos
professores é cada vez maior. É comum a queixa de que os alunos não sabem mais
“pensar”, demonstram-se incapazes de interpretar ou refletir e muito menos
questionar. As mágicas fórmulas de realizar as tarefas usando o “ctrlC e ctrlV”
extraídos da internet são o vício que condena nossa escola ao baixo rendimento
e favorecem a formação de uma sociedade passiva, consumidora de verdades
fabricadas pelo desejo de estimular o consumismo e o lucro ou até mesmo
promover a hegemonia de grupos dominantes.
A escola está
frente a mais um grande desafio: proporcionar aos estudantes as ferramentas
necessárias para que sejam capazes de gerir o próprio conhecimento e sobre ele
refletir de forma crítica e comprometida com a formação de uma mente realmente
“pensante”. É preciso adquirir os saberes necessários para viver nessa nova
conjuntura sem aderir como “zumbis” à corrida descontrolada pela busca da
informação sem demonstrar competência cognitiva ou social, o que nas palavras
de Pozo (2004) alimenta a produção de uma suposta sociedade do conhecimento, da
qual todos fazemos parte.
Se
acreditarmos, como educadores que é possível a construção de um novo mundo,
diante dessa nova cultura da aprendizagem, faz- se necessário investir no
conhecimento e, seguramente, na aprendizagem. É preciso investir em novas
formas de alfabetização, já que as tecnologias da informação estão criando
novas formas de distribuir socialmente o conhecimento. Há uma nova cultura de
aprendizagem e a escola não pode ignorar. A escola não é mais a primeira fonte
de conhecimento. Qualquer pessoa informaticamente alfabetizada pode abrir uma
pagina na web e divulgar suas próprias ideias e interagir com outras. Segundo
Pozo (2024) “é necessário aprender a conviver com a diversidade de perspectivas
(...),para construir, a partir delas, o próprio juízo ou ponto de vista.”
Segundo o autor
não cabe mais proporcionar aos alunos conhecimentos como se fossem verdades
acabadas; ao contrário, ela deve ajuda-los a construir seu próprio ponto de
vista, sua verdade particular a partir de tantas verdades parciais.
EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA
Rosangela R. Aviz Nascimento
Vivemos em uma
sociedade onde a necessidade do conhecimento é cada vez maior. Os alunos fazem
parte desta sociedade, e como qualquer indivíduo pertencente a este conjunto
social também apresentam necessidades de múltiplos saberes. Nesse contexto,
percebe-se a imensa dificuldade que os professores têm de aprender a fazer uso
das novas tecnologias que possam ser usadas como ferramentas de aprendizagem.
Segundo o
professor Dr. Ladislau Dowbor, é preciso que a escola encontre o seu caminho no
sentido de ser mais articuladora das
diversas fontes de conhecimento que existem na atualidade em vez de manter as
velhas práticas como se lesse pela “velha cartilha de páginas amareladas”.
Isso tudo
perpassa por uma questão do emprego de novas metodologias e novas tecnologias.
Primeiro, porque o espaço do conhecimento está se multiplicando e a escola deve
articular todo esse conjunto para
uma aprendizagem significativa. Esse
ponto, leva-nos ao segundo aspecto importante a se considerar: a escola deve
ensinar a ter acesso à informação. Isto é,
o aluno deve aprender a selecionar a informação significativa, aquela que
gera o conhecimento necessário para uma aprendizagem significativa. A escola
deve ensinar a seus alunos a racionalizar a informação obtida, a criar meios de
arquivá-la e organizá-la de modo tão racional que a reflexão e a crítica sobre
a informação seja inevitável e uma prática constante.
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